27 de jun. de 2012

Dilma, abra o olho!


Irineu Tolentino

O governo brasileiro terá uma situação muito difícil pela frente. Muito mesmo!

O cenário global ainda é péssimo do ponto de vista econômico.

A Síria, que já se encontrava em uma situação ruim, passando por forte instabilidade interna, derrubou um avião da Turquia, uma potência bélica membro da OTAN, a qual pode revidar a qualquer momento. Se vai, não sei, mas pode.

O golpe perpetrado no Paraguai, embora possa parecer algo insignificante, em princípio, tem o condão de abalar a estabilidade da América do Sul, indicando que a "reacomodação" política do Oriente Médio e Europa chegou por aqui. Ainda que os motivos sejam diferentes, os efeitos podem ser semelhantes inibindo investimentos no Brasil.

Acrescente a isso tudo o fato de que o PIB  brasileiro (por mais otimistas que sejamos) está caindo, ao passo que a arrecadação do governo e o crédito estão subindo. Isso indica endividamento crescente sem crescimento da economia; logo, sérios problemas à vista.

Os pacotes de bondades que certamente serão divulgados dificilmente conseguirão conter o estancamento econômico que se avizinha.

Algumas semanas atrás eu até tinha uma visão mais otimista, mas ela não se sustenta diante do cenário atual que, visivelmente, piorou.

Diante disso, o governo deveria pensar seriamente em reduzir a carga tributária de forma efetiva e não se limitar a reduzir impostos  para alguns produtos e mandar a conta para outros (como fez com os carros, cuja conta quem pagou foram as motocicletas).

Na prática, a redução de IPI foi um engodo, já que a carga tributária geral aumentou em proporção maior que o crescimento da economia.

Ou seja, diante do que se vê, as estimativas não sao nada boas...

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