24 de jun. de 2012

Até que a morte nos separe



Eu adoro body language.

Aquela coisa que faz a gente saber que um colega de trabalho está saindo escondido com uma colega de trabalho.

Que faz a gente sacar que a mulher do amigo, embora esteja ao lado dele sorrindo em uma festa, quer pedir a separação.

Que faz a gente notar que alguém é a fim da gente, ou vice versa.

Alguns colocam isso como ciência e escrevem livros. Já li um deles, mas não acho que esteja correto catalogar.



"O medo que o psicopata causa em todos nós 
é justamente esse: ele não dá pistas, ou, 
se dá, são sutis"
 

A body language também muda de pessoa para pessoa. E, quando conhecemos bem alguém, ele se torna uma língua fluente. O jeito como uma pessoa fecha a porta já nos diz que ela está irritada, ou ansiosa. Por vezes, contamos uma coisa a alguém e essa pessoa diz: "eu já sabia", só de observar nosso comportamento.

Eu olho para essa foto e vejo uma coisa interessante no casal, vejo ausência total de intimidade. Uma foto posada entre duas pessoas que não se conhecem. Ele parece o primo do noivo, alguém que a noiva viu poucas vezes. Vejo distância, não encostam os corpos.

A mão dele não aperta ela, não transmite tato, apenas encosta. Ela se apoia na mão dele como que para não cair.

Já dizia Samantha, de Sex and The City, que a coisa mais íntima que um casal faz não é transar, é segurar na mão, andar de mãos dadas.

Agora, uma coisa que ninguém diz, olhando para essa foto, é que ela seria capaz de esquartejá-lo ainda vivo. Cortar a cabeça e o braço antes dele terminar de morrer. O medo que o psicopata causa em todos nós é justamente esse: ele não dá pistas, ou, se dá, são sutis. Andam por aí de vestido de noiva e franjinha e ninguém nem se liga de nada. Que meda!

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