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Maílson da Nóbrega tem se colocado na linha de frente contra a política promovida por Dilma para reformulação do sistema financeiro nacional ( http://bit.ly/IGFvjr ). Para ele, a redução dos juros promovido pela Presidente não passa de "desconhecimento" ou "populismo"... Para ele...
Dilma tem meu apoio!
Desde que sou criança, ouço dizer que no Brasil se protege demais os bancos e de menos o setor produtivo, e é a indústria que emprega e gera riquezas para o país. A indústria precisa de proteção, principalmente diante do câmbio desajustado como o atual e da competitividade internacional cada vez mais agressiva.
Há décadas, vemos os bancos comemorarem lucros altíssimos, lesando pessoas com juros extorsivos e levando-as, muitas vezes, à banca rota. Muitos dos serviços que prestavam à população foram para as casas lotéricas. Os bancos se livraram do "problema": o povo.
Os bancos nunca se importaram quanto a política que promoviam custava à nação. Por conta disso, há décadas, o discurso comum entre vários especialistas de renome era no sentido de que o Governo deveria cuidar mais do setor produtivo, coisa que os bancos nunca permitiram com seu lobby odioso.
O Maílson teve sua chance quando foi Ministro da Fazenda (ele podia fazer, ao invés de falar), e, nessa época, tínhamos a hiperinflação e a apropriação do dinheiro do povo pelos bancos, que não pagavam as correções devidas. Isso era tolerado pelo Governo do Maílson (hoje, em várias ações indenizatórias, a Justiça determinou que os bancos paguem aos correntistas os expurgos inflacionários).
Portanto, é mais fácil o Maílson criticar a Dilma do que lembrar do seu passado negro na condução das finanças públicas do Brasil. E causa estranheza ele se colocar contra a política de rebaixamento dos juros quando, sabidamente, no mundo inteiro, os juros de fora são muito menores que os nossos, o que faz com que o capital especulativo ingresse aqui apenas para pegarem os altos rendimentos e caírem fora sem prestar qualquer serviço ao país.
Maílson, mais do que crítico da nova política financeira (a qual se percebe de boa fé), atua como advogado do setor bancário. Mas o que ele quer? Que a Dilma fique vendo a queda do dólar quebrar indústrias sem fazer nada?
Nunca vi, em nenhum governo, uma ação tão dura contra os bancos a fim de proteger a indústria, o emprego e o equilíbrio econômico como agora; nem naquele do qual o Maíson fez parte como Ministro.
Portanto, meu caro, o senhor teve a sua chance e não aproveitou, não mostrou o que "diz saber fazer". Deixe a Presidente e sua equipe trabalhar. Se quiser prestar um serviço à nação apresente seus argumentos ao invés de simplesmente atacar à Presidente.
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