Nouriel Roubini |
Uma saída controlada da
Grécia implica um dano económico significativo. Mas muito pior seria
ficarmos a ver a queda lenta e caótica da economia e da sociedade
gregas.
A tragédia da Grécia no euro está prestes
a chegar ao seu acto final: é muito provável que este ano – ou o mais
tardar no próximo – a Grécia entre em incumprimento e abandone a Zona
Euro. Adiar a saída para depois das eleições legislativas de Junho, já com um novo governo comprometido com uma variante das mesmas políticas falhadas (austeridade recessiva e reformas estruturais), não vai restaurar o crescimento e a competitividade. A Grécia está presa num ciclo vicioso de insolvência, perda de competitividade, défices externos e depressão cada vez mais profunda. A única forma de travar este ciclo vicioso é iniciar um processo de incumprimento ordeiro e saída, coordenada e financiada pelo Banco Central Europeu (BCE), União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que minimize os impactos colaterais para a Grécia e para o resto da Zona Euro....
Com a saída da Grécia o Euro corre perigo ? Alguns analistas dizem que sim
ResponderExcluirOlá Jaison!
ResponderExcluirA Europa está fragilizada politicamente e há uma grande insatisfação popular por lá.
Não é à toa que se fala em "Primavera Européia" em alusão à "Primavera Árabe".
Não bastasse isso, há a crise financeira, o elevado endividamento dos países, principalmente do PIIGS.
É óbvio que a luta pela defesa do Euro será longa, e pode até ser que o Bloco vença a conjuntura atual e o mantenha, mas ele corre perigo sim. Uma eventual saída da Grécia (que acredito irá acontecer), provocará um rebuliço danado nos mercados, potencializará ainda mais a desestabilização de todo o Bloco, podendo levar ao fim da moeda comum.