17 de jul. de 2012

Rosane + Globo x Collor = ?




A "entrevista" da Rosane Collor exibida pelo Fantástico foi tão patética quanto a da Xuxa.

O mérito do Caso Collor não interessa mais, são águas passadas. Ele já foi investigado de cabo a rabo, sentenciado, condenado, execrado e acabou por retornar ao poder. Não tenho nada contra, nem a favor sobre esse retorno. Foi o povo que decidiu assim e é preferível os defeitos da democracia que a "perfeição" da Ditadura. Até porque, institucionalmente, há que se considerar que não existe pena perpétua. Portanto, esse assunto, para mim, já foi...

E qual a razão da entrevista então? Vinte anos depois a Rosane vem a público dizer o que sabe e acha que está fazendo a coisa certa? Ela não está um pouquinho atrasada não? Se ela sabia de tudo e abre a boca apenas depois da prescrição, no mínimo é condescendência criminosa. Parece-me que ninguém está limpo nessa história.
 
O pior é  a Globo colocar o Tadeu Schmidt e a Renata Ceribelli, duas pessoas que gosto muito, para coadjuvarem com a Rosane. Tudo me pareceu uma peça de teatro onde o que foi dito não tem qualquer utilidade. Mais importante é o que está nas entrelinhas, permeado camufladamente nesse balé de manipulação obtusa.

E o "show da vida"  tratou de tudo: de magia negra às cantadas que a Rosane recebeu nos corredores do poder, como se isso tivesse alguma importância. Por um instante a Globo se comportou como o Edir Macedo e a Rosane como Chapeuzinho vermelho diante do lobo mau.

O que será que a Globo tem para nos dizer e não nos diz?

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