Irineu Tolentino
Vejo modelos de carros sendo lançados todos os dias, um mais bonito que o outro; mas, na essência, todos são iguais.
As montadoras enchem os veículos de "fluflus" e se esquecem da principal função que é transportar pessoas.
Computador de bordo, trava elétrica, banco com aquecimento "super-plus-ultra-hi-tech-com-fibra-de-carbono-aprovada-pela-NASA-etc", air bag, sensor de ré, suspensão inteligente, ar condicionado digital, banco de couro, porta-trecos, volante ajustável e mais trocentos itens que nada tem a ver com a função principal do veículo que é nos levar do ponto "A" ao ponto "B".
Há muito conforto e pouca eficiência energética. Os carros dependem da queima de combustível e o mundo reclama do excesso de consumo e da poluição, e a indústria coloca mais fluflus nos veículos.
A principal fonte de combustível (o petróleo) é altamente poluente e já está no final do ciclo (vai acabar mesmo!), mas os engenheiros automobilísticos não se preocupam em melhorar a performance dos motores otimizando a principal função. Apenas potência, potência e potência... Até parece coisa de gente impotente.

Está bem, sou um maluco mesmo: não tenho a capacidade de perceber a diferença substancial entre um Ferrari e um Fusquinha. Tudo bem, até há, mas depende do ponto de vista. No quesito principal (transportar pessoas) é a mesma coisa. Aliás, o Fusquinha 1300 ganha dos Ferraris, Lamborghinis ou seja lá o que for: consome menos. Talvez perca para alguns dos populares nesse quesito, mas não fica muito atrás.
Então, qual foi a evolução significativa da indústria automobilística nos últimos 50 anos? Apenas transformar um veículo num spa!
As empresas precisam acordar e assumir um compromisso tecnológico para otimizarem a eficiência dos seus veículos.
Agora elas estão preocupadas com o etanol, hidrogênio e energia elétrica, apenas porque o petróleo está no fim, não para tirar o atraso tenológico que há nos motores dos seus carros.
Preocuparam-se demais com o lucro no curto prazo...
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