23 de jul. de 2012

Imposto sobre grandes fortunas




Engraçado, já temos uma das maiores  cargas tributárias do mundo e o governo, "pretendendo equilibrar as coisas", fazendo com que ricos paguem mais, pensa logo em tributar as grandes fortunas.

Há nisso um divórcio entre o discurso e o objetivo. A base percentual é o que há de mais proporcional a que podemos chegar. Aliás, matematicamente, é o estado da arte da proporção. A mecânica desse cálculo, por si só, atende ao ideal de "quem pode mais, paga mais", que realmente é correto.

Blá blá blá  à parte, o governo pretende mesmo é aumentar a carga tributária e está tentando tirar de onde pode, o que constitui a mais pura e sórdida sacanagem tributária: é injusta, redundante e desnecessária.

Tudo bem, esse meu argumento não cola mesmo e é voto vencido, qualquer um sabe disso. Mas se o governo quisesse mesmo fazer ricos pagarem mais, de forma moral e tributariamente aceitável, por que, ao invés de aumentar a carga, não reduz a do pobre?  Se a intenção fosse nobre mesmo (coisa que não acredito), faria assim. Mas, ao que parece, a voracidade tributária está mesmo é camuflada sob um argumento incompatível com a idéia proposta. Tenho até a impressão de que, quando éramos colônia de Portugal, pagávamos menos...

Se a idéia passar, e isso é possível, no fim todo mundo vai pagar mais, até mesmo os mais pobres.

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