do Económico
18/06/12 00:05
A ameaça de expulsão do euro funcionou ontem como uma espada de Dâmocles sobre a cabeça do povo grego. Numa eleição em que deixou o projecto europeu em suspenso, a Grécia acabou por jogar pelo seguro e não desafiar o caminho da austeridade.
Os últimos dados apontavam para uma vitória dos conservadores da Nova Democracia, liderados por Antonis Samaras, com uma margem quatro pontos percentuais sobre o partido da esquerda radical, obtendo assim luz verde para criar uma maioria com socialistas e liberais e formar um governo pró-memorando. A primeira tarefa deste novo governo é marcar uma visita da ‘troika' a Atenas e apresentar medidas de consolidação adicionais num total de 11,5 mil milhões de euros para 2013 e 2014.
Por agora, em Bruxelas, Frankfurt ou Berlim suspira-se de alívio. Para Portugal o resultado evita ondas imediatas de choque e de potencial contágio. Não é para já o pior cenário grego a impedir o regresso do país aos mercados em 2013.
A noite foi de júbilo para Samaras que esperava há mais de dez anos por este momento. "És primeiro-ministro" gritavam alguns populares à entrada do centro de congressos em Atenas, onde o esperava uma legião de jornalistas. "Não haverão mais dúvidas sobre a presença da Grécia no euro. Acabaram-se as aventuras", continuou, numa referência à posição desafiante do partido Syriza em relação aos credores internacionais com quem queria reconstruir a posição de Grécia no euro.
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