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Sobre essa “Cúpula das Américas”, onde EUA e Canadá defendem
que Cuba não deve participar porque não
cumpriu os requisitos democráticos fixados em 2001, para mim trata-se de um
disparate, uma brincadeira de moleque; e moleque mal educado.
Desculpem-me o desabafo, mas reflitam comigo:
Se o objetivo da Cúpula das Américas é procurar unir os
países para propiciar esteitamentos
comerciais, como será possível que Cuba,
algum dia, venha para o “lado bom da força”
se a excluímos das conversas?
Se é conversando que
a gente se entende, como deixar um interlocutor de fora? Por que será que os
EUA e o Canadá não querem “conversar” com Cuba na presença dos demais países
das Américas?
Vendo dessa forma, não é Cuba que está errada, mas as
ex-colônias britânicas.
Recentemente, o Irã deu um bom puxão de orelha nos EUA e na Europa (segundo o meu
ponto de vista), determinando, com firmeza, a suspensão da venda de petróleo
para vários países europeus ao mesmo tempo em que disse que o Ocidente deve
abandonar a “linguagem da força”. E deve mesmo!
Não incito a guerra, mas não se evita guerra humilhando
outra pessoa e, menos ainda, uma nação inteira; como EUA e Europa fazem com o
Irã.
Se eu fosse o presidente dos Estados Unidos, ou o Primeiro-Ministro do Canadá, eu
faria questão que Cuba, ou qualquer
outro país, estivesse presente em todas as oportunidades de diálogo, e, na primeira oportunidade - na frente dos demais países -, de forma clara e
objetiva, eu perguntaria à Cuba:
“- Por que vocês não cumpriram os requisitos democráticos de
2001?”.
Por sua vez, com o Irã, eu tascava:
“ – Será que poderíamos conhecer os seus projetos nucleares
para fins pacíficos?”. É claro que, para
isso, eu teria que estar disposto a deixar o Irã conhecer os meus projetos.
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