16 de jul. de 2012

Sobre o fim do BRICS


Irineu Tolentino

Quando arrisquei-me a sustentar o fim do BRICS aqui no Em Tese, não foi ao acaso. Trata-se de uma constatação ictu oculi de que o mundo refluiu economicamente de maneira generalizada, criando potenciais de investimentos imensos em várias economias maduras, especialmente na Europa e EUA.

Cediço que em tais mercados o potencial de ganhos será muito menor do que nas economias em desenvolvimento, que abrem um leque maior  de opções. Porém, com democracia forte e funcionalidade das instituições públicas mais previsíveis, será natural a atratibilidade delas em relação aos investimentos no pós-crise. É que, diante do quadro hoje desenhado - e no qual pauto minha humilde análise - não me parece  que os grandes players globais trocarão o "certo" pelo "duvisoso".

O BRICS (que aqui rotulo de duvidoso por obra da conjuntura atual) desenvolver-se-á a reboque das economias principais. É óbvio que em economia  tudo é duvidoso, mas, também o é, que o capital é atraído primeiro pelas águas mais tranquilas.

Os países integrante do BRICS, não perderão o bonde do desenvolvimento econômico para sempre, mas, segundo o meu juízo, comportar-se-ão como os  chamados "micos da bolsa", ficando relegados a uma fase posterior. É nesse sentido que suponho o "fim" desse bloco: ele não será mais a locomotiva, apenas mais um vagão da economia.

Um comentário:

  1. Parece que não foi só eu que pecebeu isso:

    ‘The Economist’ já chama Brics de ‘mercados submergentes’

    http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/07/20/the-economist-ja-chama-brics-de-mercados-submergentes/

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