Irineu Tolentino
A negativa da CVM em aceitar acordo para encerrar processo administrativo contra os controladores da Inepar por abuso do poder de controle, e da Martinelli Auditores, por falha na revisão do balanço, demonstra que o grupo não anda muito bem. Aliás, isso já era de conhecimento público de longa data.
É de se elogiar a decisão da CVM. Num mercado de capitais onde a transparência é extremamente necessária à higidez dos negócios, não é possível permitir que companhias busquem capital a baixo custo na bolsa, façam o que quiserem com o dinheiro, lesem pequenos investidores e fiquem ilesas. Não, não dá!
INET3 - gráfico Advfn de 5 anos |
A decisão da CVM poderá levar o grupo ter que indenizar os pequenos investidores em cifras significativas, dependente ainda de ações judiciais, mas que pode abalar todo o conglomerado, inclusive o segmento saudável.
Seria interessante também a CVM analisar as diversas companhias da bolsa para depurá-la. Empresas que não apresentem seriedade nos negócios não podem permanecer listadas, atraindo investidores incautos, muitas vezes recém ingressados no mercado.
O próprio grupo Inepar tem um caso concreto que é o braço de telecomunicações (INET3). Não operacional, sem receitas e com patrimônio líquido acumulando já há vários anos, as ações continuam a ser negociadas na bolsa, sem que a empresa apresente qualquer plano de negócio efetivo. Ou seja, um nada econômico sendo comprado e vendido diariamente na Bovespa, como se esta fosse um mero mercado de peixe.
Finalmente a CVM tomou alguma providência !!!!
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