Não me parece que Gurgel tenha agido com exagero ao dispensar Duprat.
Ele não a está impedindo de se manifestar livremente ou de ter opinião. Apenas, exercendo sua função de Procurador Geral de Justiça (número 1 da PGR) em eleger o posicionamento oficial do órgão que representa (grosso modo, discordando do impedimento de criação de novos partidos). Aliás, bastante oportuno, embora possa até parecer prematuro.
Como cabia a ele (Gurgel) emitir o parecer oficial da PGR, e, portanto, seria ele que responderia pelo que já estava no STF, Duprat deveria ter deixado tudo como estava. Aliás, por lealdade ao seu superior e para preservar a "unidade oficial" da PGR, ela não deveria infirmar o posicionamento já exposto ao STF.
Eu já passei por uma situação semelhante. Na ocasião, a saída que adotei foi discutir o assunto interna e reservadamente. Após vencido sem convencimento, entendi que eu não era mais útil aos propósitos do superior. Pedi para sair, sem ressentimentos. Simples assim.
Bom, talvez essa minha interpretação seja resultado de uma leitura apressada que fiz dos jornais. Pode ser que mais tarde volte ao assunto, não sei...
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