18 de set. de 2013
Até breve Obama!
De fato, não há clima para tal visita depois da gravidade das acusações de espionagem sem que os EUA deem (não ao Brasil, mas ao mundo) qualquer explicação plausível. Sobretudo, porque que vivem perseguindo ditadores mundo afora, mas igualam-se a eles querendo para si segredos que lhes permitam controlar o mundo. Furtam informações sigilosas mas perseguem Assange e Snowden pelo mesmo motivo. É fácil aviar receitas para os outros, difícil é tomar os remédios que indicam.
A questão da espionagem não deve ser banalizada. É muito grave. É falta de respeito para com as pessoas, países e instituições. Prejudica a estabilidade das relações diplomáticas e a paz mundial que se pretende.
O Brasil tem um capital político e diplomático mundial invejável. Não seria demais dizer que é o país que melhor se relaciona com todos os demais de forma substancialmente cortês. Tem problemas e dificuldades, erra e acerta, mas tem saldo positivo nas relações internacionais.
Isso, por si só, confere-lhe bagagem muito expressiva para dar um puxão de orelha nos EUA. Sem armas ou declaração de guerra, apenas recusando uma simples visita. Tanto é assim que a recusa já arranhou a imagem dos EUA mundo afora. Foi a maior "punição" infligida no episódio de espionagem perpetrada pelos americanos.
Seguramente, com o tempo, esse episódio há de ser superado, até porque não simpatizamos com penas perpétuas, mas era muito importante que déssemos o nosso recado.
Há quem diga que Dilma errou, que os EUA são muito importantes econômica e estrategicamente para nós, mas, convém registrar, dignidade não tem preço.
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