Está bem! Errei feio na avaliação que fiz do Eike.
Diante dos últimos acontecimentos, e da provável quebra vindoura, não dá para "salvar" seu império apenas argumentando. Aliás, nem ele mesmo se esforça para fazer isso.
Mas, ainda assim, vale uma consideração razoável: Eike apostou no Brasil, fez grandes projetos, coisas que, de fato, condiziam com o "gigante pela própria natureza"; porém, a coisa não funfou.
Mas, hoje, nenhum setor econômico no Brasil está bem das pernas. Meses atrás, apostei no setor elétrico (tido como defensivo na bolsa, dada a baixa elasticidade da demanda). Comprei a Eletropaulo (ELPL4), que pagava ótimos dividendos, e esperei para ver ("buy and hold"). Pois bem, paguei R$ 38,00 por ação e hoje ela está R$ 6,xx.
A Ceming, Petrobrás, Usiminas, Vale, etc., também não funfaram. Quem ganhou dinheiro na bolsa nos últimos anos, via de regra, foi apenas quem fez trades curtos. Eu já fiz isso várias vezes, mas não gosto muito dessa prática.
De certa forma, ainda penso que o Eike estava certo em pensar grande para o Brasil. O problema é que o Brasil surpreendeu negativamente os investidores internos e externos, afugentando muitos da bolsa.
Economicamente falando, e de maneira geral, a coisa não anda bem. Creio que nosso país não fez o dever de casa e hoje perdemos em crescimento até mesmo para o México, que sequer integra o BRICS.
Essa leniência econômica generalizada, excesso de corrupção, baixos investimentos em infraestrutura e áreas "nobres" como mobilidade, educação, saúde e segurança, demora nas desonerações e desoneração em áreas inadequadas, acabaram por derrubar o Brasil.
Quem errou: Eike ou a política econômica do Brasil? Tenho cá comigo muitas dúvidas.
O Homem X caiu, mas não está só.