29 de out. de 2012

Sob Nova Direção



A cidade de São Paulo deixa uma herança maldita para Haddad: um passivo de R$ 67,4 bilhões. Isso é duas vezes maior que a receita anual do município, e 630 vezes maior que o último superávit obtido: R$ 106 milhões.  Ou seja, meus caros paulistanos, São Paulo está pior que a Grécia. Precisava de mudança.

Acho até compreensível que se critique o PT por conta do mensalão. O PT merece mesmo um baita pontapé no traseiro; mas, querer manter a prefeitura nas mãos dos tucanos depois de tamanho estrago não me parece nada sensato.

Se o opositor de Serra era Haddad, que seja Haddad o prefeito. Simples assim!

22 de out. de 2012

Mensalão, Valerioduto e outros Dutos


Esqueçam, ao menos por um momento, esse negócio de "partido político". Não é isso que está em questão, não é esse o debate. Não se trata de idoneidade ou não de partidos, mas de pessoas.
Todos criticam o PT pelo mensalão, mas, lembro-me bem, o próprio Fernando Henrique Cardoso, ao ser sondado pela imprensa a respeito dos prováveis ministros logo que Lula ganhou as eleições, afirmou que José Dirceu tem um ótimo perfil para ser ministro Chefe da Casa Civil. Pouco tempo depois ele levou uma bengalada.
FHC tem (ou teve) vínculos com o Advogado-réu Rogério Tolentino ( link ).
Lula também tem pecados graves que não dá para esconder com o manto "mágico" do "não sei de nada".
A corrupção de "alto nível" não é criação do PT, e não terminará se ficarem de fora integrantes de outros partidos.
Na verdade, a própria expressão "mensalão" (tratada na Ação Penal 470) é imprópria. Ela nos dá a falsa noção de que todos os corruptos já foram denunciados e serão punidos pelo STF, o que não é verdade. Muuuuitos outros transitam livremente por aí...

19 de out. de 2012

A não-etiqueta das redes sociais

Por Luis Nassif

Muito se tem falado sobre as virtudes das redes sociais. De fato, elas ajudam a criar um novo tipo de indivíduo-cidadão.

Antes da Internet – e das redes sociais – o cidadão médio limitava-se a participar da vida pública apenas nas eleições. No intervalo delas, conformava-se em ler jornais (os mais bem informados) e no máximo participar de discussões no trabalho ou no bar.

A Internet conferiu um protagonismo até então inexistente. O cidadão pode apoiar ou rejeitar mensagens (com o botão Curtir), difundir mensagens que goste e até colocar suas próprias opiniões em grupos de discussão ou de relacionamento.

Nas empresas, as redes sociais possibilitaram enormes ganhos de sinergia, relacionamento, aparecimento de novas ideias, aperfeiçoamento de processos.

Mas nos grandes ringues públicos – Facebook, Twitter, Orkut – o jogo é outro.

Nos anos 90, quando surgiu o fenômeno das salas de chat, muitas pessoas entravam anonimamente nas salas e faziam, ali, o que não ousariam fazer em público ou onde pudessem ser identificados. Brincadeiras, cantadas, agressões, tudo era permitido.

Quando as redes sociais ganharam ímpeto, os personagens, antes anônimos, passaram a ser identificados. Pensava-se, então, que a etiqueta na rede seguisse aquela vigente nas relações presenciais. Coisas simples, do tipo: não ofenda uma pessoa cujas ideias discorde; não agrida verbalmente ninguém; comporte-se com educação.

Especialmente em períodos eleitorais, nas redes sociais impera virulência em níveis inacreditáveis, independentemente da classe social, formação escolar ou nível intelectual. É um vale-tudo fantástico.

Mais que isso. Nas modernas sociedades democráticas, uma das características do indivíduo é o individualismo, o isolamento. Os clássicos do estudo das democracias já captavam, ainda no século 19, essas características no chamado homem médio.

Primeiro, uma insegurança em relação à posição social ou financeira, fruto da mobilidade social que caracteriza regimes democráticos – e que tendem a se agudizar em períodos de grandes transformações, como os que passamos.

A insegurança provoca nele um conservadorismo terrível, que o faz reagir contra ameaças de perda de status ou da condição financeira – presentes na ascensão de novas classes sociais. Foi assim nos EUA do século 19 e é assim no Brasil do século 21.

Uma das maneiras de romper o isolamento, e se sentir mais fortalecido, é seguir o chamado “efeito-manada”, o sentimento que julga ser preponderante na maioria. Em grau menor, até algum tempo atrás essa homogeneização do pensamento era proporcionado pela chamada grande mídia, ao vocalizar valores que, pelo efeito-manada, acabavam preponderantes no universo da chamada opinião pública.

Com as redes sociais, esse mundo homogêneo fragmentou-se. Agora, cada indivíduo pertence a um grupo – como torcidas organizadas– e os mais rústicos e despreparados apegam-se ao grupo como se fosse seu universo único, agredindo todos de quem possam divergir.

Espera-se que seja uma fase passageira, fruto da infância das redes sociais. Mas que assusta, assusta.

12 de out. de 2012

Vamos falar de sexo?


Pesquisas revelam que se você utilizar a palavra sexo em quaquer texto aumentará sensivelmente a quantidade de leitores, independentemente do assunto. Na verdade, o assunto pouco importa, né? O que importa é sexo!

Portanto, sexualmente falando, em todas as eleições é impressionante o número de médicos-candidatos. Muitos até ganham as eleições, mas, se são médicos e "conhecem" a área da saúde (como dizem), por que é que a saúde nunca melhora? E, pior, por que é que sempre ganham? Quem vota nesses caras? Quem está fodendo quem?

Quase todos os candidatos (para não dizer todos), falam em honestidade, moralidade, fim da corrupção, etc. Mas, por que é que muitas questões nebulosas envolvem os eleitos? Cito, por exemplo, investimentos em campanha superior à soma dos salários, relações políticas duvidosas, compra de apoio, negócios obscuros...

E em relação ao meio ambiente? Vê-se um descaso absurdo, uma série de discursos em desalinho com a conduta, práticas paradoxais e insustentáveis, falta de comprometimento com o planeta... Enfim, tudo contrário ao que se deseja.  

Sexualmente falando, acho tudo isso uma incongruência, uma sacanagem! É pura pornografia político-eleitoral explícita que nem deveria sair nos jornais, mas naquelas revistinhas que vêm lacradas nas bancas (ou pelo menos vinham).

Para falarmos o português claro - como estamos falando de sexo mesmo -, que porra toda é essa? E esse troço da Ação Penal 470 (proibiram-nos até de usar a palavra mensalão)? Como classificar isso sexualmente? Seria suruba? Bukkake?

Do jeito que a coisa anda, o TRE deveria alertar o eleitor a usar camisinha. Se tivéssemos evitado essa prenhez corrupta, o STF não teria, agora, que autorizar um aborto no governo.

Coisa feia, né?

11 de out. de 2012

Bolha Imobiliária


Onde há fumaça, há fogo. 
Sinais de bolha imobiliária no Brasil são cada vez mais evidentes.


VALOR ECONÔMICO:  
FMI alerta para riscos da forte expansão do crédito

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O Fundo Monetário Internacional voltou a expressar preocupação ontem, na divulgação de seu Panorama Econômico Global, com o rápido avanço de crédito bancário e com a elevação do preço dos imóveis no Brasil e outras economias emergentes. "Nos quatro anos seguintes a 2007, os preços dos imóveis subiram perto de 100% acima da inflação nas maiores cidades do Brasil", diz o relatório. O Fundo também voltou a chamar atenção para o recente aumento da inadimplência bancária no país. E assinala que as empresas estão mais alavancadas, com dívidas que superam 100% de seu capital em ações.

5 de out. de 2012

Ação Penal 470: Deputado Valdemar Costa Neto


O Deputado Valdemar da Costa Neto, recorrerá à Corte Internacional escorado no argumento de inexistência de previsão constitucional para o duplo grau de jurisdição no seu caso.

Ele alega que, qualquer cidadão tem direito a uma revisão de julgamento, a uma "segunda chance", para rebater os fundamentos da condenação. Mas, esquece-se de dizer que apenas os "escolhidos", como ele, tem foro privilegiado, que todo cidadão comum tem suas causas apreciadas por um juiz singular e, em sede de recurso, por três desembargadores, dando um total de 04 "juízes".

Ele, porém, teve seu caso examinado por 10 (dez) Ministros do STF e TODOS o condenaram por corrupção passiva, 09 (nove) o condenaram por lavagem de dinheiro e 06 (seis) o condenaram por formação de quadrilha.

Quando alguém se propõe a ser Deputado, Governador, Prefeito, ou seja lá o que for, deve, antes, calcular os ônus que vem junto aos os bônus do ofício. Está tudo no pacote, embrulhado para presente.


3 de out. de 2012

38 planos de saúde são suspensos pela ANS

A Agência Nacional de Saúde proíbe 38 (trinta e oito) operadoras de planos de saúde de vender novos planos ao mercado por deficiência nos seus serviços.

Infelizmente, isso ocorre porque há uma certa conivência do Judiciário com empresas de má-fé. Nas demandas onde os consumidores alegam descumprimento de contrato e insatisfatoriedade nos serviços, onde haja pedido de condenação em dano moral, esse dano, em caso de procedência, deveria ser mega-super-ultra majorados, afim de evitar a recidiva irritante dessas empresas gananciosas, irresponsáveis imorais e criminosas.

Vale lembrar que, recentemente, a ANATEL suspendeu diversas operadoras de celular por operarem de forma imprestável.

O curioso é que essas mesmas empresas tiveram um êxito tremendo em fazer com que a Justiça aceitasse passivamente a falsa ideia de existência de "Indústria do Dano Moral".


Obrigado ANS!


1 de out. de 2012

Obama, Chavez e Lula


Quando Lula estreitou laços com Chavez (Venezuela), foi fortemente criticado pela imprensa nacional, especialmente a revista Veja, que crê que sua fução como órgão de imprensa é criticar o Governo, independentemente de seus acertos.

Obama, recentemente, tem elogiado Chavez e, este, por sua  vez, tem retribuido de forma ainda mais generosa. E isso é compreensível, pois a Venezuela é um dos principais parceiros comerciais dos EUA no fornecimento de petróleo, de modo que é necessário realinhar os dois países para equilibrar oferta e demanda.

O curioso é que se o Governo basileiro era criticado de forma simplista, sob o argumento de estar errado. Será que Obama  está cometendo o mesmo erro? Eu, particularmente, não creio nisso; para mim, houve um erro de leitura dos oposicionistas do governo brasileiro que se recusam a aceitar o fato e se retratar.